segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Saudade do medo do escuro

          Receio fazer algo e não sei bem porque. Isto me dá uma ansiedade enorme porque sei que o receio é só um aviso de perigo. Mas já não seria o bastante? ... mas qual é o perigo? pergunto baixinho para mim mesma. Lá bem no fundo de mim mesma sei que o medo saudável é um respeito por nossos limites. Mas a questão é saber quando o medo deixa de ser saudável para ser neurótico(?!)
                   Insisto. E, mais uma vez, intuitivamente penso que seria bom se  agisse com moderação.Mas sou teimosa e mais uma vez...Não ouço  a velha amiga, a intuição, e me esqueço da precaução. Resultado...Sofro as consequencias do meu gesto.
                  Sigo brincando com minha intuição, meus receios e minhas precauções de araque. Até que um dia, não lembrando mais onde as coloquei, o medo se instala.
A cada movimento repetido no receio parece que soa uma sirene de alarme dentro do meu peito a me dizer Não!!!
De nada adianta. Sou teimosa. Penso que não posso ter medo. Que devo experimentar de tudo, ouvindo minha voz interior. Mas já não a ouço.
E sigo com medo....
Até que a repetição faz com que este sentimento tome ares de malfeitor e se torne panico.
Junto vem  a frustração. Depois a culpa de não ter sido mais prudente. De ter agido com insensatez.
Me resigno a acreditar que vou fazer diferente da próxima vez.
Prometo ouvir a minha intuição, agir com precaução, respeitar meus receios, evitar o medo e atravessar para o outro lado da rua para não encarar o panico outra vez.
Sou capaz de jurar com a mão sobre a bíblia que agirei com a dose de sensatez que me faz bem.
Será? Sei não. Tomara!
Tenho saudades de quando o medo era do escuro e bastava cobrir a cabeça com o lençol!

Um comentário:

  1. Tem jeito nao amiga, a gente acaba tentando tudo de novo, acrediando, porque eh assim que a gente acha que vence o medo...fazer o que? Hoje, ao inves de cobrir a cabeca com o lencol, parece que enfiamos a cabeca no buraco, ateh que alguem nos puxe de lah e nos diga alguma coisa que nos faca voltar a acreditar...e assim vamos vivendo...Mas, a vida eh bela, nao eh?

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