terça-feira, 9 de novembro de 2010

Maria Maria

          Quando Milton escreveu esta canção devia estar pensando na força das mulheres que não sucumbem às adversidades da vida. Que não desistem de si mesmas e que principalmente ainda acham motivo para sorrir e tocar a vida depois de perdas que fariam muitos desistirem.
          Elas possuem a estranha mania de ter fé na vida. Sempre. Uma fé que as leva a frequentar um curso. A ir tomar uma cervejinha. A compartilhar suas dores com uma professora. De sorrirem para a vida.
          São vicerais, assim como são vicerais seus sonhos, seus desejos e suas rotinas.
          Que coragem infinita habita o interior destas mulhers? Que magnitude de alma é esta que não as deixa esmorecer?Serão feitas de algum outro material que tantas de nós nem imagina qual seja? Teriam aplicado botox na alma ou no coração?
          O que elas tem que a maioria de nós não consegue nem vislumbrar?
          Poderia enumerar qualidades e virtudes para descreve-las e ainda assim não estaria lhes dando o crédito merecido.Sou capaz de apostar que as Marias das quais falo são mulheres como nós. E então me sinto pequena diante da força que mostram.
Nós que "debilitadas" pela TPM corremos para o lexotan e seja o que Deus quiser!!!
Nós que a qualquer disapontamento já queremos sumir. Nós que, reféns de nossas escolhas, parimos queixas e queixas diariamente.
Nós que saímos insandecidas correndo pela cidade porque percebemos o jeans mais apertado.
Nós que reclamamos que a cerveja tá quente ou que a empregada não apareceu para fazer nossas camas.
Nós que corremos para marcar a cezariana que muitas vezes impede um parto mais humanizado.
Nós que fizemos da vida um dramalhão diário.
Não posso acreditar que somos feitas da mesma matéria que as duas Marias. Ou, estaremos nos boicotando? Parecemos mulheres a beira de um ataque de nervos?
Come on!!!
É hora de olharmos a vida como ela é e não como queremos que seja.
É hora de crescer e adotarmos uma postura de entrega e aceitação diante dos nossos destinos, nem sempre hollywoodianos.
É hora de pararmos de brincar de Barbies e cuidar mais das ideias do que dos cabelos.
Em nome de todas as mulheres que abriram caminho para que hoje a gente esteja aqui, fica o apelo.
Honremos nosso genero nem que seja para não adoecermos.
Todo e qualquer ser humano que habita este planeta passou pelas mãos de alguma mulher. Que a gente tenha então a sabedoria e a gratidão que se faz presente toda vez que emcaramos a vida com determinação fé e altivez.
Que no futuro a gente confie mais na nossa força e menos no poder que colocamos nos problemas.
Só nos resta uma  escolha: Ou se cresce ou se cresce. E então, quem sabe a gente ainda consiga se sentir mulher como as Marias do Maranhão?
Texto inspirado em duas alunas/amigas de minha filha Marina. Chamei-as de Marias porque este nome carrega em si a força das mulheres.

Um comentário:

  1. Minha mãe chamava-se Maria e tinha muito orgulho de seu nome, e eu dela...

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