sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Beijo à tres...


           Ao ser entrevistado para um documentário sobre sua obra, Cartier-Bresson foi inquirido a respeito do momento decisivo de se registrar uma imagem. Com a palavra, o mestre: “A gente olha e pensa: Quando aperto? Agora? Agora? Agora? A emoção vai subindo e, de repente, pronto. É como um orgasmo, tem uma hora que explode. Ou temos o instante certo ou o perdemos, e não podemos recomeçar. O desenho é uma meditação, enquanto que a foto é um tiro. Você pode apagar um desenho e fazer outro, você não está lutando contra o tempo. Mas, com a fotografia, há um espécie de angústia constante, pelo fato de você estar presente em um momento que não mais se repetirá. Mas é uma angústia muito calma”.
Foto de Henri Cartier Bresson

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