quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Por que Tixo?

           Tenho um cachorro em sociedade com a Bia. Um fox paulistinha. É! Aquele da propaganda da Skol! Para quem não conhece os foxes são uma graça. Na  casa dos outros. Digo que temos uma sociedade porque depois de Tixo ter comido tres cortinas, danificado dois tapetes e furado meu sofá favorito eu cheguei a conclusão que um fox não é cachorro de apartamento, o que lhe rendeu um belo de um upgrade uma vez que foi morar com Bia no Lago Sul. (Confira clicando na foto).
           Tixo José é irmão da Ximbica Maria a cachorrinha que era de mamãe em Itaipava e que agora reside com Marina em Brasília. Enquanto Ximbica é uma lady Tixo é um bad boy. A raça não é facil.
          Eu poderia escrever um livro apenas com as peripécias de Tixo em nossas viagens.  Por exemplo quando ele foi flagrado  num quarto de hotel em Itatiaia em cima da cama  lambendo a cara de um senhor pra lá de bebado e que, graças a Deus dormia sono tão profundo devido ao alto grau etilico que no dia seguinte, enquanto Tixo se aliviava no jadim,  lhe fez uma festa generosa com um sonoro " Bom dia, companheiro"! O poder que a cachaça tem de fazer amigos!
          Mas venho desta vez falar do nome Tixo. O nome vem da lembrança de Bia quando criança perguntando " ti ixo"? cada vez que queria perguntar-me " O que é isso"?
          Muita gente não entende bem quando dizemos o nome dele. Vai daí que tem gente que o chama de Tico, tem gente que o chama de Tisco e tem gente mais sofisticada, como o Luiz Alberto, um amigo nosso muito querido,  que uma vez enviando uma mensagem para a Bia escreveu Tyshu. Lembro me de pensar no momento que Tyshu Vysnu teria lhe caído muito bem, embora um pouco "caminho das índias" demais !
          De uma outra vez estávamos em  Ubatuba na casa de uma prima e o malandrete sumiu pela cidade; o que nos rendeu hora e meia de procura debaixo de um temporal de verão até ser localizado na varanda de uma casa  abrigando-se da chuva.
          Teve a vez que,  passando férias em Florianópolis, foi a praia conosco e entre um mergulho e outro não o vi na areia. Perguntado pelo paradeiro de  Tixo Wilson respondeu te-lo visto momentos antes trocando cheiradas com um São Bernardo, o que me deixou orgulhosa da educação que estávamos  lhe dando, uma vez que escolhia bem suas amizades.
           Angustiada e já chorando sigo perambulando pelas ruas perto da praia procurando e o encontro com outros quatro cachorros de rua, daqueles cheios de perebas nas orelhas, olhando uma destas televisões de assar frango tão comuns em padarias. Me acalmo e nem acho ruim quando Wilson o repreende na frente de seus amigos de malandragem perguntando-lhe onde estava o São Bernardo  com quem brincava momentos antes nos deixando tão orgulhosos de suas escolhas.
          Gente! Tixo não é mole não. E olha que o Luiz havia nos avisado que o fox é um cachorro muito esperto e que seria capaz de seguir o dono sem guia. Só se for o que  ele teve quando criança. O nosso  nos arrasta igual o Marley do filme fazia com seu dono. E olha  que nem cachorro pirata da feira do Paraguai ele é! Prefiro acreditar no seu pedigree e imaginá-lo pau a pau com o do Luiz. E decidir que só não conseguiu ser treinado porque o adestrador era picareta e só estava interessado na  grana.
          Qual outra explicação para que ele levante a orelha cada vez que a gente dá o comando de "MORTO"!(?)

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