Toda mulher nasce com uma grande missão. Algumas ouvem o chamado, aceitam o desafio, outras, não. Escrevo, hoje, para aquelas que consideramos “guerreiras”. Aqui, acolá ouve-se um gemido que pode ou não se transformar de um choro num pranto. Pois é, dores vem, magoas insistem em permanecer e a raiva nem sempre se manca de ir embora. É neste momento que a nossa missão começa. E como todos precisam de um colo, a mulher já veio com as ancas mais largas e dois airbags no tórax. Já dizia o poeta, a hora é agora, o lugar é aqui, a pessoa é você, ou ela ou ele ou nós, sim porque quando o eu se torna nós a dor se duplica. É matemático, ora. Neste momento ouviremos lá longe um grito que parece dizer: TOWANDA!!!!! É hora de agir, de cumprir a tarefa. Assim, pois,Coatliques amadas tomem suas lanças!!!!! Isto mesmo. É hora de deixá-la agir. Coloquem seus ouvidos no chão de terra batida e vão ouvir um choro, ainda que tímido, sufocado .Pode ser dor do corpo ou da alma de mulher, ou de homem, de criança ou de animal.Pode vir de um raio de dez quiilometros ou da porta ao lado. Cantemos a dor do que chora para que estas dores não fiquem em seus corpos, suas mentes, seus corações. Em ciranda ofertemos o nosso canto que cura. Lancemos mão do velho tambor, preparemos o caldo quente , busquemos a velha colcha de retalhos e não nos esqueçamos do cântaro, porque deverá haver um córrego por perto e precisaremos de muita água. Invoquemo-la mais uma vez. Lá que sabe, La vieja, La loba. A que fareja, que cuida, que ama, que desama,que nutre e que acalma a alma e o coração. E porque não dançar? Dançar em roda o Bolero de Ravel? No compasso ying e yang, o próprio compasso da vida? E por que não bater os pés no chão? Fazer do chão o couro do tambor e cantar e chorar e gargalhar até sentir que a dor se foi e que já podemos encostar as lanças e simplesmente sentar, olhar para o céu , para o chão, para as estrelas e para a terra nos pés e respirar... profundamente... relaxadamente...harmoniozamente...conectadamente...Num grande suspiro...No amor que nos é derramado, no amém tão almejado, no doce embalo de Ser.
E aí amiga, senti sua falta...
ResponderExcluirComo andam as lutas, as pedreiras...
a missão???