segunda-feira, 5 de julho de 2010

Por não querer não tê-las como amigas...



    Não lhes parece incrível que quando estamos a todo vapor, nos sentindo cheios de energia, a gente acaba virando os dados do destino e adoece? E o mundo acaba por mudar de posição para nós? Tenho sentido saudades...Dos cachorros, das netas, da rua (como gosto da rua!), de minhas amigas, meus amores. Tento jamais mal humorar-me, mas, sabe Deus que preço pago . Leio um pouco, assisto um seriado, falo ao telefone, e, principalmente abro meus emails; o que mais me preenche neste momento. É porque aí eu rio muito com Monicat , com Bia e, entre outras coisas, me delicio com o modo de Ana Austim se comunicar. É muito genuíno, muito ela mesma. Só a Ana para dizer__”somos assim tão ...tantas...não é amiga?”.
       Outro dia ela me passou o número do seu celular da seguinte maneira:__”anote aí 82030101, fácil que nem tele pizza!”Já a Monica é diferente. Pelo título do email a gente sabe que é dela e você pode vê-la dramatizando a mensagem. Ela fez artes plásticas. Por que não fez as cênicas? Cada uma com seu perfil tão próprio, tão singular.
       Quando é da Thereza até o Negão já sabe por causa do teor filosófico religioso e dos fundos musicais. Estou convencida. Saudade é o amor que fica. Tenho sentido muito amor por essas amigas que me cercam e me espreitam. Há mais de ano que nós, da confraria da pintura, insistimos em começar um grupo de papo terapia cada um por si e uma vez por semana todos por todos. Mas nunca vinga. Corre corre, compromissos. Nada acontece. Assim, nos cuidamos durante as aulas mesmo. Aqui e acolá alguém pinta um pouquinho, mas está longe de este ser o objetivo do curso .Parece que insistimos em pintar só por não querer perder o papo. Sabe quando você vê um sapato numa vitrine e pensa __já tenho nhenhentos, não preciso. Mas aí você compra só por não querer não tê-lo? Talvez seja este o sentimento. Já que não conseguimos começar a terapia uma vez por semana , e não queremos não tê-la a coisa rola nos dias de aula. Tão bom , tão intenso...Tudo levado a sério. Temos até supervisão. Rosana não sabe, mas a supervisão é dela. Pessoa legal demais!Super flexível. Quando ela percebe que durante o aconselhamento ela tá nutrindo seu monstrinho ela cai em si, pede um amém e a gente pinta um pouco. Simples assim... Me aguardem, eu volto. O ateliê, por si só, daria um livro!. Fui...

Um comentário:

  1. Amiga, fico feliz em participar do seu livro...
    Pintar é preciso, falar tb é preciso e escutar...como é preciso. É espantoso o que se descobre com as falas que escutamos, quantas coisas são reveladas, quantas intenções são desveladas. É falando que se entende, dizem, mas é escutando que a gente entende. É preciso estar atenta.
    Aguardo seu retorno, firme e forte, para breve...se adiante!

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