Conversando com meu Guru sobre a vida e sobre o amor fui surpreendida com a calma e a resignação de Marconi me explicando que o amor é infantil. Inocente. Assim sendo , quer salvar o outro. Acredita nisso e põe mãos à obra. O preço que paga por isso? Bem, as vezes esquece de si porque salvar o outro passa a ser sua maior missão.
Fiquei encantada de ver que então isso não é uma característica apenas da Constelação familiar, onde vemos os membros da familia, principalmente as crianças, querendo "salvar" os adultos. Que amor altruista é este que já reside em seres tão pequeninos?
Me pego pensando em quantas vezes na minha vida fui imensamente amada e não entendi bem.
Não querendo fazer a apologia do sofrimento chegamos a conclusão que precisamos limpar muito lodo antes de comecarmos a mostrar sinais dos cristais que somos na essencia.
Meu marido não anda bem e me vi tentando animá-lo um pouco. Então Bia me sinalizou de que eu só preciso estar por perto. O processo é dele. E eu não posso me responsabilizar pela sua alegria. Entendi na hora e concordei. É a ingenuidade do amor. Aquilo que Marconi chamou de Amor Infantil.
Marconi me disse com seu jeito amoroso de falar que todos passamos mais cedo ou mais tarde por este processo lodoso. E que só passando por essa "dores", eu diria alquimicas, é que nos tornamos mais calmos, mais compassivos, mais amorosos, seres melhores. Gente Grande, literalmente.
Então é isso. O amor, este petit infant, este mini super herói, o salvador ,nos cobre de cuidados na confiança inocente de que fazendo assim nos salvam de nossas dores. Bonito isso. Muito bonito. Mas nem sempre eficaz.
Ano passado minha neta me viu chorando e ficou muito incomodada. Me pegou pela mão e me levou para brincar um pouco. Uma Pequena Mulher Maravilha, talvez.
Sejamos pois "imaturos",criancinhas mesmo, se é assim que agimos com o nosso coração e com nossa amorosidade.
E que a gente consiga ver o amor nos pequenos cuidados ou nos grandes comprometimentos para com o outro. Quem não se emocionou com o pequeno principe e seu apego para com a rosa e a raposa?
Já disse, aquele cara, uma vez: Vinde a mim as criancinhas porque delas é o reino dos céus!
É preciso ser criança para sermos adultos.
Foto de Henry Cartier Bresson
É preciso ser criança para sermos adultos.
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