A dança da Luz

     A morte é uma dança e Deus é o nosso parceiro.\Morrer é um processo de libertação do corpo físico e de religação de nossa essência com Deus. Quando enfrentamos esse processo conseguimos viver esse momento de intimidade com Deus. Dançamos com Ele a medida que o nosso espírito deixa o corpo e é reabsorvido pela luz.

         Quando nossa alma deixa nosso corpo somos imediatamente atraídos para a luz. A alma é atraída para a luz e se reconecta com Tudo O Que É, com Deus. A nossa essência volta a emergir no amor. Sentimos a nossa individualidade ao mesmo tempo que não sentimos nenhuma separação, apenas unidade. Assim, quando deixamos o mundo da forma, todos nós somos reconectados ao Amor Divino, cercados , envolvidos e inundados por Ele. Por sua luz. A grande luz da aceitação e do amor. O universo então nos acolhe num colo cósmico. Em pura vibração. Pura pulsação, Pura dança .E a suave melodia sideral se faz ouvir, nos remetendo a tempos idos, o que nos provoca uma doce sensação de familiaridade, uma doce lembrança de nossa real morada. Uma quase saudade, um reencontro sagrado .E tudo está envolto em paz. Uma grande paz.... Silêncio... Sono profundo...Útero.Um breve descanso e outra mulher há de nos carregar. À luz nos entregar...Um colo...

Metáforas ...again

     

     Segunda-feira, 28 de junho, 5 30 da manhã . HFA. Sou acordada pela enfermeira para que meus sinais vitais sejam testados. Tudo bem. Pressão 10 por 7, glicose 73, temperatura 35.8. Enquanto ela Gentilmente me diz numa linguagem numérica que eu “sobrevivi” eu olho por trás dela, através da janela ,o dia começando. Seus matizes e seu silêncio.Um novo dia. Uma das mais belas metáforas que a vida nos dá. Uma promessa de recomeço. Um chamado. Um grito de esperança silencioso dentro de mim. Paz. Confiança. Ligo o celular. Mensagem de Neide (que absurdo).....Voce vai tirar de letra! O dr Fritz vai cuidar de vc e com CERTEZA te CURAR!.... penso: mas ela mandou esta mensagem ontem e eu já apaguei. Penso na minha mãe, depois em Deus, em nossa senhora e em tantos outros que estão rezando/torcendo para que eu me recupere. Penso. Tem uma torcida lá fora...sol, gente, prece, entidades e luz. A luz do dia. A luz da vida, da fé, do amor,a luz que sempre vem depois da escuridão,A luz que promete, que aquece, que nutre, e que cura, cura, cura, cura, Parece música nos meus ouvidos esta última frase. Lembro de uma música belíssima. Começar de novo.....e contar comigo....vai valer a pena... ter sobrevivido... Quantas vezes na vida cantarolei esta estrófe apenas para mim, lá dentro , murmurando... Um acalanto “A... Time to sit and rock”, outra metáfora linda que toda mulher que já embalou uma criança numa cadeira de balanço conhece bem. Ou pelo menos toda mulher loba.

         Clarissa Pinkolas tem uma tese de que a mulher, assim como as lobas, tem o dom de renovar as criaturas que estão sofrendo. É o canto sobre os ossos. (metáfora). No livro mulheres que correm com os lobos, a apresentação disserta sobre este poder. E então ela conta que havia certa vez uma ossada de um lobo e que a mulher selvagem (arquétipo da mulher loba) tem um ritual próprio para estes casos. Ela põe os ossos sobre uma pedra grande e ali canta canta canta. Primeiro bem baixiho. Ninando e depois vai aumentando o volume e a força até que se torna quase um chamado, um ritual. Dizem que nesta hora a ossada começa pouco a pouco a se revestir de carne, e depois de pelos raros que vão se multiplicando até que o animal se levanta, sacode a cauda, dá um salto e corre vigorosamente floresta a dentro. E ele não precisa voltar, porque , como diz Bert Hellinger, é assim.... A mulher se levanta, olha pro céu e entende que precisa voltar para seus afazeres. Sua vida a espera... To como o lobo. Com vontade de correr... Alguém cantou para mim enquanto eu dormia esta noite..E a escuridão se fez luz. E a noite fez-se dia.!!!.Adoro uma metáfora....Oxalá La que sabe, La major, la loba volte sempre que quiser e venha tomar um caldo comigo qualquer dia desses. De preferência daqueles feitos em fogão a lenha numa casinha meio escondida lá longe numa floresta. Tudo metáfora, tudo desejo, tudo intenção, tudo esperança, tudo certeza, tudo “lobice feminina”, tudo força, tudo VIDA

A vida me deu férias

  

   Sou daquelas pessoas que não diminuem o ritmo. No último mês vinha me sentindo muito cansada, com muito sono e sem energia. Para quem é ativa, as vezes, a vida tem que nos forçar a parar.E nos dá férias. As minhas foram no HFA de Brasília. E,então, o que nos resta é desacelerar e refletir.

       Estou tomando consciência de que tenho que parar e me ouvir mais. Pegar mais sol. Ir mais a parques . Desacelerar. Quem sabe me mudar para a Suécia?

       Sou tantas dentro de mim. Tantas dores, tantos sabores, tantos risos, tantos choros, tantas lembranças, tantos amores, tantas esperanças,tantos insights, tantas alegrias. Posso ser leve e alegre ou densa e triste. Sou o dia de sol e o dia nublado, de tempestade. O inverno e o verão, a primavera e o outono.. A luta e a preguiça. A folia e o silencio. Sou espalhada e contida. Agora, refletindo, sinto-me perplexa de ver como quase não mudamos ao longo do caminho.

        Fui tantas e tantos. Tantos bolos batidos, tantos sonhos sonhados, tantas saudades, tantos planos, tantos cafés compartilhados na cozinha ou no shopping, tantos livros lidos, tantos movimentos feitos, tantos retrocessos, tanta paz e tanta empolgação, tantos vazios e tanta plenitude. Tantos amigos e tantos amores. Tanta prece e tanto desespero. Tanta dança e tanto caldo. Tanta luz e tanta sombra. Tanta saudade e tanta espera. Em cada despedida tanto choro e tanta gratidão por ter tido mais uma vez a oportunidade de estar junto.Tantas viagens ...Fui um pouco de cada livro lido, de cada filme assistido, de cada música ouvida, de cada entardecer fechando as janelas de minha casa do Arco da velha,fui cada papo que tive com Marina,cada festinha do candanguinho assistindo minha neta. E agora, tudo se perde misturando-se no que fui e se insinuando no que serei. Mas o que serei?

        Serei um pouco de tudo que fui e um pouco de tudo que sou.Serei a eterna lembrança de meus olhos brilhantes, ou chorosos. A força que me habita em momentos de recomeços e a angústia nos momentos de perdas.Serei cada feijoada que meus amigos comerem durante um carnaval. Serei cada pincelada dada pelo artista, seja ele quem for. Serei o café expresso de um shopping. Serei todas as graças feitas com as empregadas que nos serviram. Serei cada latido de cão. Cada canto de pássaro. Serei música, leitura e poesia. Serei todos os amigos que tive e toda a família que me amou. Serei cada beijo que Amanda der em Julia. Serei cada chegada a casa de Itaipava e a história de cada objeto ali disposto. Serei um pouquinho em cada um que tiver trocado comigo. Um pouquinho em todo aquele que estiver buscando, filosofando, acreditando, amando e brincando. Serei cada estrela que aparecer a cada dia que findar.Sou, fui e serei aquele jocoso pedido de amém quando alguém falar demais. O resto é luz ....muita luz...

Comigo?!

        Ok, ok, vamos ao caso  mencionado no texto anterior. Sem mais delongas cá estou eu mais uma vez me expondo para vocês. Sejam bonzinhos e pacientes comigo.

        O ano era o de 2007 e eu estava feliz por, finalmente, ser avó. Amanda já tinha mais de um mês ou estava perto disso. Eu ia sempre visitá la. Bia havia comentado que na sexta-feira próxima haveria um jantar de família na casa da Loana, sua sograsta, e pediu-me que ficasse com a bebê porque estava frio à noite. Porém, no meio da semana, o tempo foi esquentando e ela levantou a hipotese de levar Amanda para o jantar.

       Dúvida... levo ou não levo. Decido depois. Chegou o depois e nada decidido. ( Ela é libriana...) Chegou do trabalho junto com o Dudu e foram tomar banho e decidiriam. Detalhe: eu já estava com sono. Disse para eles que ia me deitar um pouquinho e que eles me acordassem antes de sair. Dormi como um chumbinho. Mas acordei.... sim... no dia seguinte.  

      Ao me levantar para tomar o café me peguei perguntando a eles: E aí, Bia, o pessoal gostou da Amanda? Acharam-na bonitinha? Quatro olhos arregaladíssimos me fitavam com incredulidade. Mãe, a Amanda não foi. Ela ficou com você... No que, confusa respondi: comigo? não! Mãe a Amanda ficou! Oh Deus! Como assim? perguntei. Antes de sairmos ainda falamos com vc que ela estava ficando e vc disse que tudo bem . Que nos divertíssemos!

      Se até aquele dia eu ainda tinha alguma dúvida na força que a vida tem por si só, naquele momento me convenci de que algo maior, muito maior mesmo. Maior até do que o sono que tenho se imcumbe  de assumir a direção de seja lá o que for em momentos como este. Agora, aqui entre nós, que ficou feio, ficou. Nunca vou esquecer o olhar de descrédito complascente que meu genro me dirigiu. E, de lá  pra cá, virei piada de  salão....Tudo bem que eu tenha uma quedinha pela ribalta e goste de estar em evidência, mas não precisava ter deixado o cachimbo cair logo com a família. A guisa de estímulo, quero terminar com uma frase de alento: I know I'm not perfect but I'm so close it scares me...

Dez dias a passeio

     

      Dudu, meu genro viajou para assistir aos jogos do Brasil na Africa do Sul . Dez dias ausentes. Se você não sabe minha filha, sua esposa, está com uma bebê de um mês e a filhinha de três anos. Moramos na mesma cidade. O resto você já sabe. Fui convocada para mudar para a casa dela. Afinal, mãe é para estas coisas e avó então nem se fala. Muito feliz com a promessa de poder estar mais presente na vida das três arrumei minha malinha, toda contente, dois dias antes.

      Gosto da vida e só percebi quanto quando após chegar em sua casa, enquanto eu abria a minha malinha para guardar as coisas, me surpreendi com ela me perguntando se eu achava que tinha ido à passeio. Só então percebi que, além de duas ou três peças de roupa havia um livro que queria ler, dois DVDs imperdíveis que havia tentado ver nos cinemas da cidade mas a correria do dia a dia não havia permitido, duas temporadas do seriado Brothers and Sisters ( o que totalizavam seis CDs) e mais algumas palavras cruzadas. Rimos...

      A parte, cabe ressaltar que sou internauta a pouquíssimo tempo e, claro, contaria com a ajuda de Bia para dar continuidade ao meu blog tão querido. Estas seriam as atividades pretendidas, digamos indoors.

      Digo isto porque me propus a não faltar a terapia, a massagem, a aula de pintura que tanto amo, as visitas roubadas que pretendia fazer a Marina, a outra filha, o cafezinho tão esperado com a amiga, a palestra sobre body talk que outra amiga havia insistido para que eu fosse, a participar num sábado a tarde de mais uma sessão de constelação familiar com Monica Filizola, a assistir o jogo de abertura do Brasil na copa na casa do Jesus e Carlos, a assistir um culto muiiiiito bom como tinha garantido Monica Palhares, a ir a alguma festa junina, e ainda a convidar duas outras amigas para irem almoçar conosco numa quarta feira. Simples assim.

      Precisava, ainda naquela semana , ir à costureira pegar umas roupas; ir á lavanderia, ao banco, supermercado , ao vigilantes do peso e, enfim coisinhas que segundo eu “era só um pulinho e já estaria de volta”.

      Ora ninguém é de ferro e já não tenho mais vinte anos há algumas décadas. Me senti um pouco cansada e acreditava que era por causa do clima seco. Na verdade o que estou querendo dizer é que nas horas em que eu estava em casa eu dormia. É... de dia também. Ou melhor principalmente. Sabe como é , aquela sonequinha depois do almoço , que na Biodança se chama auto regulação é tiro e queda. Para mim, muitas vezes queda antes do tiro. Minha pressão é baixíssima e durmo com muita facilidade.Depois dos três primeiros dias quis acreditar que a bebê era muito boazinha e que a maiorzinha também estava numa fase legal. Mas Bia, não apenas discordou de mim, como me provou por A mais B que as noites tinham sido tão tumultuadas como as anteriores à minha chegada e que eu é que tinha o sono muito pesado e não ouvira o choro das duas. Detalhe: nestes dez dias a Julia teve seu primeiro quadro de bronquite, o que requeria atenção dobrada e carinhos multiplicados.

      Com as olheiras no queixo, a partir do quarto dia, comecei a ouvir gracinhas da Bia, tipo _ Dormiu bem, fofa? Ta descansada?

      No final de semana senti a necessidade de vir dormir na minha casa porque segundo eu, o meu marido, coitadinho, estava sozinho e ainda por cima tomando conta do meu pai. Claro que era apenas uma desculpa , o que eu precisava mesmo era dormir 8 longas horas sem ouvir choro. E vim e dormi como um chumbinho. Oh delícia... Tragédia ou injustiça, o fato é que no final de semana virei piada a nível de copa do mundo. Isto porque os amigos que foram chegando para assistir o segundo jogo conosco perguntavam me se a Julia era uma bebê tranqüila e, antes de eu responder , tanto Bia quanto Marina respondiam a verdade nua e crua. E eu lá do meu canto dizia... _Ah não é assim não. São muito exageradas. As duas. Gente, bebe não sabe falar, por isso chora....Sou um pouco teórica...demaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaais.

      Na exposição que a minha pessoa sofreu durante o jogo ainda tiveram a maldade de contar um caso antigo , que aconteceu comigo e a Amanda quando esta era bebezinha. Mas isto é conteúdo para uma próxima postagem. Me aguardem....

      E ainda me chamam de vovó enxaqueca!!! Mas não é falta de respeito, não. É gozação mesmo!!! Tenho fé em Deus que numa próxima oportunidade vou estar mais descansada e, então sim, eu vou poder estar com elas sem atrapalhar a minha rotina de sono e de saidinhas. Isso é porque eu era louca para ser avó!!!!!E amo minhas netas de paixão...Já ia me esquecendo de compartilhar a minha surpresa quando, já de volta da viagem , ouvi meu genro dizer_ Parece que a Julia deu trabalho... No que prontamente respondi. Que nada! Já passou...Cara de pau? Otimismo tardio? Vai lá saber...Trágico se não fosse cômico...

O bonde da vida

    Vivo buscando. E quem gosta de buscar está sempre inventando moda, pondo macaquinhos no sótão, vendo chifre em cabeça de burro e por que não dizer sendo o burro da vez? Mas esta é outra historia. Fica para outra oportunidade. Como ia dizendo gosto de filosofar e buscar novos caminhos. Nesta busca acabo me tornando uma defensora de qualquer processo pelo qual eu tenha passado e que me tenha somado .Sendo assim sigo confiante ateando fogo no rabo alheio. Pura boa intenção. Tipo, o que funcionou para mim pode funcionar para você. Por que não tentar? Muitas vezes minhas filhas, já sabendo que qualquer papo vira um discurso, me perguntam se podem pedir um Amém, ou seja já as convenci; posso parar por ali e ir , por exemplo, bater um bolo. Empolgada assim, dei para ultimamente repetir muito que quem não se trabalha, se empenhando para se tornar um ser humano melhor, perde o grande bonde da vida. E concluo dizendo _ É uma pena. . .E faço aquela cara que quem está tentando convencer costuma fazer, e que eu ,particularmente ,acho um saco. Mas juuuuuuuro que a intenção é boa......

      Hoje me ouvi falando para uma amiga muito querida que o importante não é focalizar a chegada, mas desfrutar da caminhada. Ora, a largada já é passado, a chegada é futuro, e o presente fica onde? Resposta: no caminho. Não há duvida de que só podemos estar inteiros no presente, ou seja no caminho, e tentar ao máximo desfruta lo ao vivo e a cores. Papo vai papo vem chegou aquela hora triste ,quando a gente tem que dizer bye bye e  me ouvi dizendo para ela..¨ Não deixe o bonde sair sem você, e, pelo amor de Deus, desfrute o caminho....Posso pedir um amém? Leva a mal não, to com pressa, o bonde tá passando . Fui.¨ . .

Uma metáfora

        

       Interessante esta coisa de crescer. Ir crescendo até ficar grannnnnnnde. Mudar, experimentar, ousar, espalhar, alargar, desenformar, expandir, construir se. E de repente notar que não mais nos alcançamos. Que antigos sapatos não nos servem mais. Que aquele casaco da juventude não fecha mais ou encurtou nas mangas. Que aquela caixa onde outrora nos guardamos, na ilusão de estarmos seguros, está com a tampa levantada porque não fecha mais. Que aquele cobertor que gostávamos tanto, deixou de ser cobertor porque ficou curto e , assim , não aquece mais.

         Sabe quando a gente tem uma lembrança de uma casa da infância que nos parecia enorme e depois de adultos voltamos ao local e a casa já não parece mais ser tão grande?

Enquanto bebes que fomos, fizemos muitas refeições usando uma colher pequenina, a mesma que hoje usamos somente para comer sobremesa. Nos tornamos um cupcake que cresceu e saiu da sua forminha original. Tudo isso é metáfora e tudo isso sou eu... Sou uma metáfora...

        Uma ponte poética que o amor que ressoa em mim constrói e que faz ligação entre coisas e conceitos. Que também são meus ou eu.... Uma metáfora.... um recurso que o filósofo que me habita insiste em usar para elucidar minhas questões....Uma metáfora. Uma grannnnnnnde metáfora. Sou eu. Uma metáfora desencolhida de mim mesma....

Espalhando-me

            

            Tenho uma amiga que gosto muito.Estava dia desses escarafunchando seu blog e ao ler um de seus textos me deparei com Ana dizendo que estava de volta depois de um tempo em que estivera ESPALHADA. Na hora postei um comentario para ela onde digo que amei o termo espalhada porque muitas vezes me sinto bem assim. ESPALHADA... é assim como se as vezes eu tivesse que juntar minhas partes para me sentir inteira, para fazer sentido. Mas sentido para quem ou para que? Como uma colcha de retalhos , daquelas que minha avó Emília tanto fez, percebo que me pareço muito com uma daquelas colchas.  E, sendo assim, vou mais longe e entendo que as pessoas me conhecem como retalhos espalhados de mim mesma. Para alguem posso ser um pedaço de chita florida, enquanto para outro posso ser um xadrez vermelho e, para outro ainda um retalho listradinho, que tanto gosto, ou um poa azul marinho. Retalhinho ou retalhao vou tentando aquecer meu coração de lembranças, esperanças e bem aventuranças. . . .Penso que este insight todo por conta de uma palavra deve ser trabalhado em terapia e quem sabe consigo me aquecer  mais de carinho e tolerancia por mim mesma. E, enquanto não chega o momento, aproveito este espaço para ¨¨espalhar me¨¨com voces. A quem ler cabe postar um comentario, o que vai somar mais um retalhinho. Quem sabe a colcha fica grande demais , igual àquela do belíssimo filme COMO AGUA PARA CHOCOLATE e, então mais gente se aquece? Lembra do Caetano?.......¨¨ Vamos fazer um pecado rasgado debaixo do meu cobertor?   beijo¨¨

Uma prece

      Não permita, Pai, que eu morra sem ter vivido intensamente cada centímetro da paixão que me consome.

      Que os jovens tenham a oportunidade de vivenciar o medo alegre que precede um encontro de almas apaixonadas.
     Que as crianças acreditem no futuro e consigam mudá-lo com determinação e amor.
     Que o ser humano não permita que o medo os impeça  de exporem-se ao amor e às suas consequencias.
     Que procuremos  crescer dia a dia a ponto de não mais nos alcançarmos.
     Que a força do medo que temos não nos tape os ouvidos e a boca,
     Que entendamos que perder- se também é caminho.
     Que ainda que  estranha, me respeitem, porque até eu tive que aprender  a me respeitar.
     Amém!