sábado, 21 de maio de 2011

Crise

O humor oscila. O corpo dói. A coragem se esconde. O coração aperta. O medo toma conta.
O cansaço persegue. A disposição vence na teima. Os ombros  para frente denunciam. A respiração os enquadra novamente. Solidão e desatino.
A memória se manda. A saudade insiste. A angustia se instala. O choro vem. A vida nos cobrando um lugar que não é nosso. Arrumar a bagunça lá fora parece mais fácil. A  de dentro? Quem sabe amanha? Quero o colo de quarta feira. Sentir-me  apoiada. Fortalecida. Experimentar a leveza dos quarenta anos. Quero mais risos. O brilho nos olhos. A mão apertando a minha. A companhia. O abraço. O cuidado. O papo. O ar da manha renovando a esperança. O ar da noite  reinventando a vida.
Abandonar a crise. Esta janela apertada que sufoca  meu peito.
                                                   
                                                             
                                                                                 

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