Encanta-me esta foto de Henri Bresson, assim como todas as outras.
Suas fotos dispensam texto. São fotos que parecem pulsar como qualquer ser humano pulsa.
Pulsa no medo, na apreensão, na solidão, no vazio, na pausa, na dúvida, na inveja, na admiração, na paz de espírito, na solitude, na imaginação, no sonho, no devaneio, na sede, no aquietar-se, na reflexão, na curiosidade.
Mais do que isto elas nos revelam a natureza humana em detalhes.
Como se suas fotos radiografassem o que está além. O que tá dentro.
Nossas dores e nossas delícias.
Nossos mais discordantes aspectos .
Nossa tão grandiosa mentira.
Nosso tão pequenino engano.
Nossa insistencia em ser feliz.
Nossa covardia ao desistirmos de nós.
Nossa coragem para retomar.
Nossa confiança desconfiada.
Nossa ausencia presente.
Nosso grande gap.
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