Algo curioso aconteceu este mes de Março. Chegamos no sítio no dia primeiro e como estava combinado a priori tia Irene foi ao aeroporto encontrar conosco para subirmos juntos.
Hoje dia 11 de Março ela voltou para o Rio. Antonio veio buscá-la. Foram dez dias de papo, confissoes e peplexidade. Andei perplexa porque pela primeira vez percebi como tia Irene está aos poucos parecendo com a doce Emilia. Desde o modo de caminhar e o tornozelo engrossadinho até a suavidade nos gestos e a educação à mesa.
Porém houve algo desta vez que me deixou boba. Mesmo. Os olhos de Emilia eram de um cinza ligeiramente esverdeado. Já os de tia Irene eram castanhos claros. Para minha surpresa, porém, percebi os iguaizinhos aos da vovó. Fiquei arrepiada e estou pasma até agora. Na hora da despedida papai chorou, como sempre. Já eu fiquei com um nó na garganta. Nos despedimos na varanda dos fundos. A tarde ensolarada me mostrou a mudança total da cor dos olhos da tia. Aí ela abriu os braços para me abraçar e me chamou de Anginha, exatamente como Emilia fazia. Na hora eu já não sabia mais quem estava se despedindo de mim.
A tia se foi e eu fiquei triste. E com a tristeza vieram as dores. No peito, no estomago. Saudades, talvez.
Alguém já disse que a uns Deus os quer doentes, a outros Deus os quer escrevendo. Assim.....
A tia se foi e eu fiquei triste. E com a tristeza vieram as dores. No peito, no estomago. Saudades, talvez.
Alguém já disse que a uns Deus os quer doentes, a outros Deus os quer escrevendo. Assim.....
Vou tentar escaniar uma foto de vovó e outra recente da tia.
Enquanto não providencio isso fico com a imagem dos olhos cinza esverdeados me olhando e me abraçando e com a ultima frase dita por ela antes de sair.
" Filha agora a gente se ve em Maio em Brasilia, no aniversário de Julia"
Pois que venham!
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