quarta-feira, 20 de julho de 2011

Esta casa

Esta casa que outrora teve luzes, ora se apaga pouco a pouco... cômodo a cômodo.
Tempo de escuro, silêncio, solidão. Não sei se a sigo ou se é ela que me segue.
 Sei que onde for ela vem comigo.
Ultimamente tem apresentado goteiras.
Seus corredores compridos parecem alongar os caminhos, pois que demoro a percorrê-los.
Chamo pela pequena na intenção de usar seus olhos como meus.
 Apoio me em seus braços e sei que me torno um peso.
Outro ritmo, outro compasso.
Uma caminhada solitária pela pressa da vida nos mais jovens.
Vou a trancos e barrancos.
 Sigo nem sempre altivo, mas sigo.
 Pois que por todos os modos deve se preservar o respeito de um homem.

Texto criado para meu pai já idoso

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