Estes ultimos tempos me parecem uma longa temporada.
Casa lotada, ingressos esgotados.
Meus dias se apresentam como uma série de peças.
Cada uma em tres atos. Manhã, tarde e noite.
Sou a última a dormir. E quando as luzes se apagam e meus olhos fecham como a cortina descendo no ato final volto ao camarim e tiro a maquilagem que me sustentou ao longo do dia.
Depois perambulo pela cochia e lá no fundo dela, num cantinho esccuro, esquecido no chão como um figurino velho, posso ver uma tristezinha que não cede.
Tento desviar minha atenção desse detalhe me fixando nos aplausos que ainda ouço.
Assim como a trilha sonora se sustentando em minha mente.
Repasso então mais uma vez o texto.
Ousaria improvisar um pouco.
Alterar falas, cenários, gestos.
Trocar personagens, talvez.
O teatro não é meu.
O diretor tem o controle.
Meu oficio é tão somente dramatizar.
E me curve no final.
Em reverencia,
Apenas.
Bravo!!!!
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