quinta-feira, 9 de julho de 2020

2020. O ano que não vingou.





                    Pensem na virada do ano de 2020. Quem de nós podia imaginar como seria o ano que ali se iniciava? Penso que ninguém. A esperança de dias melhores enchia nossos corações de certezas. Um novo emprego, uma viagem fantástica e... por aí vai.
Infelizmente para perplexidade mundial um vírus viria por nossos sonhos a baixo.
No Brasil foi constatado mais ou menos no inicio de Março. Prontamente avisei a meus alunos que me afastaria por 15 dias. Iludidos estávamos todos que pensaram que em tão pouco tempo tudo passaria.
O mundo entrou em quarentena, uma neta voltou rapidamente da Itália e a incerteza começou a nos rondar. Não deveríamos sair de casa ou receber pessoas. Se fosse o caso de ter de ir às ruas teríamos que usar máscaras.
Os jornais anunciavam mortes todos os dias para nosso temor. Vacinas começaram a ser testadas no mundo todo, mas nada de novidade boa.
Os estabelecimentos comerciais foram fechados, os aeroportos, clubes, etc. restaurantes fechando, funcionários sendo demitidos. O mundo virou um caos.
Viagens desmarcadas, sonhos enterrados aqui estamos nós.
 Escrevo este texto no dia 9 de julho e a previsão de uma vacina , por enquanto é para Dezembro.
Conforme a quarentena se prolonga profissionais começaram a trabalhar on line e as escolas idem. Já foi computado um semestre on line e, até agora, não se tem noticia de voltar a ter aulas presenciais. Como se não bastasse a distancia e o isolamento dos nossos queridos , nos foi proibido os abraços e beijos. Um drama!
Quatro meses já se passaram e o emocional de todos nós anda por um triz. Um vazio nos preenche a cada dia que passa e as notícias nos preocupam com o numero de mortos aumentando.
Há quem diga que quando isso tudo acabar nos abraçaremos mais, daremos valor a outras coisas e o que nos foi caro um dia será ainda mais.
Eu, particularmente, estou bem mal. Um choro preso me pressiona o peito. Os pensamentos enchem nossa mente de tristeza e  insegurança. O panorama atual nos lembra a finitude. Tenhamos fé, os zaps nos cobram diariamente. Enquanto isso adotamos uma rotina cada dia mais on line. Acenamos bjs e abraços, mas estamos vazios. Estamos ocos , sem miolo. A mim me parece que em algum momento eu escapei de mim. Quero abraçar e não posso. Preciso me rechear novamente de mim. Muitos já estão tentando esta mesma tática. No meu caso só volto as atividades depois que todos formos vacinados. Trabalho com Biodanza, técnica muito tátil. Impossível pratica-la on line.
Infelizmente então só ano que vem. Me entristeço, mas procuro entender que não sou só eu que estou perdendo com toda esta Pandemia.
Nunca rezamos tanto, embora fora dos templos.
De minha parte, embora saiba que para Deus nada está errado peço a à Deus que tudo termine logo e que saiamos desta situação com nova ótica para a vida, para os relacionamentos e para o planeta.
Reinventados. E para melhor!
 Desejo de todo o coração que as pessoas sustentem a fé que ainda nos resta para nos sentirmos menos mal do que temos nos sentido neste ano de 2020. Infelizmente 2020 vai ficar para história e um dia contaremos para as gerações que vierem o tanto que foi difícil, mas que passou. Tudo passa.

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