De tempos para cá eu conheço bem o medo de ir embora. As vezes acordo triste e nem sei o porque. Uma angustia, um descontentamento. Quantas vezes me olhei no espelho e gostava do que via, mas aos poucos aquela imagem foi mudando e dando espaço a um outro tipo de mulher.Onde e quando perdi minha face? Sim! Queiramos ou não o tempo vai passar. De algum jeito vai passar. Chronus vai nos engolir. E nada que interessa se pode guardar. Eu que existindo tudo comigo, depende só de mim. Tento deixar tudo como está. Se puder sem medo.
Quero enfrentar a insonia como gente grande. A minha insanidade é tudo que me resta. É farsa esta minha voz tranquila. Deixa eu sonhar que o tempo não tem pressa. Porque aqui no coração eu sei que vou morrer um pouco a cada dia. Diz Oswaldo.
A amargura e o tempo vão deixar meu corpo minha alma vazia. Mas afinal.... Onde eu me reconheço? Na foto passada ou no espelho de agora? Quantos segredos que guardei com medo agora ninguém quer saber. Continua Oswaldo.
Partiu reagir, tentar ser feliz, fazer planos, estar no movimento da vida. Diz Raquel. Dias sim dias não vamos sobrevivendo, mas quero viver e não apenas sobreviver. Rir de tudo e de todos, inclusive de mim.
É preciso ter força e fé. Cada dia mais. Towanda!
* esse texto é uma colcha de retalhos onde pedaços vem de Caetano, Cecília e outros.
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