segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

O Outro é o parteiro do Eu


                                   
                                                                                     
                 
           "Te Vejo, Logo existo"
          Não nascemos Prontos. Vamos nos parindo.
          O Homem é uma tabula rasa.
          O Homem não nasce homem. Ele se faz homem.
        A Filosofia afirma que temos a vida toda pela frente para imprimirmos nossa identidade. E que sempre é hora de  mudar, inventar, experimentar, reescrever nossa historia.
         É aqui que o Outro se torna nosso espelho. É na presença do outro que eu me manifesto enquanto Ser vivente. A Vida se dá no encontro. No encontro nos retroalimentamos.
          Se o Outro me vê ele me dá uma oportunidade de florescer e me expressar. Se ao contrario o Outro não me vê permaneço no anonimato, mais um rosto na multidão.
Mas o outro tem um rosto e este rosto tem olhos que invocam, convocam, provocam. Impossível passar desapercebido a este olhar que de agora em diante tem um rosto, um nome , uma história, uma vida.
Viver virtualmente nos impede de sermos. É na Integração, na conexão e na fusão que geramos vida e compomos nossa identidade. 
Melhor dizendo quando o outro nos olha nos olhos a conexão feita minimização o ego e aquele rosto ganha significado. Deixa de ser fundo e passa a ser figura e ao se tornar figura contracenamos na vida.
          Por falar em contracenar penso no filme livro A Menina Que roubava Livros . Max, o Judeu que viveu no porão da casa da Família, só não morreu  porque teve a presença da menina todos os dias enquanto esteve doente. As palavras da Menina o nutriram assim como o acordeon do Pai da Menina nutria as pessoas nos momentos difíceis de uma guerra desumana e atroz.
Pequenos gestos que geraram vida  porque tinham como base o amor.
Dizem que o amor é o oposto da morte etimologicamente falando. Isso Porque a palavra é formada de A (Prefixo de negação) e mor (morte). Assim o amor significa tudo que não é morte.  A negação da morte.
A presença do olhar é, muitas vezes, mais forte do que as palavras, como é o caso do olhar que Ruddy dirige à menina no momento de sua morte.
          O cão sabe bem o que é o encontro. Todas as vezes que nos vê é como se a vida dele voltasse. Ele. abana o rabinho e pula feliz Como se dissesse ... então voce está aqui e eu não estou mais só.  Existimos. E se poe a nos lamber em agradecimento. Ele  nos reconhece como parte deles. Está vivo.
        Que cada pessoa que cruze nosso caminho seja abençoada por nos ajudar a imprimir vida à nossa existência sendo nossos parteiros.                    
                                  
                                                                               
                  

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