Sou casada pela segunda vez. Wilson foi do Exército. Hoje, terça feira gorda, decidimos levar as netas ao baile infantil do clube. Para que elas aprendam a admirar esta festa tão brasileira. Clube do Exército.
Logo que chegamos corremos a escolher uma mesa que ficasse na pista. Daí a alguns minutos passou uma senhora. Dez minutos mais tarde a senhora foi se chegando e ocorreu o seguinte diálogo.
Com licença. Boa tarde. O senhor é o Wilson? Sim. Na verdade vi a senhora passar mas fiquei na dúvida se era a senhora mesmo. Pois é eu também fiquei. Tudo bem? Olhou para mim. Esta é a Angela. Muito prazer. Prazer. Pois é quanto tempo. Blá blá blá. É sua esposa? Sim. Haaaaaaaaaaaa. Tudo bem? Tudo. Eu nem me apresentei, mas é porque eu era vizinha deles e amiga "dela" ( o Wilson é viúvo ). Ah..... É mas já passou, né? Será? Parece que não.
Penso que curiosidade, mexeriquice, ou seja lá o que for... tem limite.
De outra vez teve uma senhora que no meio da conversa onde falavamos de comida e de cozido ou feijoada, não me lembro bem, ouvi o seguinte.... Leva a mal não! Mas "a dela" ( Da falecida ) era fora de série.
Tem aquela que já se vão aí uns oito anos em que após ser apresentada a mim disse: Ela era do meu coração, sabe? Eu gostava muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito "dela" Sei, respondi. Pode continuar gostando , se pensa que estará traindo o seu amor por ELA ou a amizade "dela". Detalhe. Eu e Wilson vivemos juntos há dez anos. Achei que não passaria mais por isso.
Fico me preguntando que necessidade é essa de ter que ter um cartão fidelidade até com alguém que já se foi.. Ter gostado muito da companheira de alguém que ficou viúvo impede as pessoas de gostarem da que a substitui (?) Me poupem!
Minha mãe costumava dizer.... boca calada não entra mosca. Sei que a galera da minha época ouviu demais essa expressão.Esqueceram? Estarão com Alzheimer? Ou a bisbilhotice é maior mesmo? Que absurdo!!! Atenção aí galera! Ninguém quer substituir ninguém. A gente só quer ser feliz!
Mas para tanto precisa competencia. Para sermos felizes precisamos ser competentes e abrir mão das atitudes infantis e tentar acompanhar o crescimento que a vida demanda. Afinal nem todos sabem como se comportar em diferentes situações, mas tem a obrigação de crescer e tentar aprender e bem rápido, em nome da boa convivencia.Ou a gente corre o risco de exigir que nossos filhos e netosw cresçam quando nem nós crescemos.
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