sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Um " gap " de 50 anos



            É sabido que há coisas  da vida que  não podem ser vistas com os olhos, mas sim pelo coração. Concordo mas me sinto um pouco frustrada com essa intangibilidade.
Semana passada sonhei com a doce Emily, minha avó. E acordei frustrada porque queria que a experiencia fosse mais tangivel. Impossível, agora que ela já se foi.
            Minha avó trabalhava fora. Não por modernismo, mas por precisão mesmo. Era funcionária da Embaixada Alemã no Rio de Janeiro. Por isso nosso contato com ela era apenas em alguns finais de semana. Mas quando ela estava de férias e coincidiam com as minhas eu ía para a casa dela e curtia muito. Mesmo!
            Naquela época criança ainda dormia a tarde e, se desse sorte nos braços gordinhos da avó e ouvindo O direito de nascer. Uma radio novela com sonoplastia perfeita e sucesso de audiencia na época. A lembrança sensorial que tenho desta simples sesta é qualquer coisa!!!
          Muito bem. Amanda já está de férias e hoje a resgatei para passar o dia comigo. Depois do almoço deitamos e ela me pediu uma massagem relaxante (pode?).  Resumindo.... dormiu um sono gostoso com a cabeça nos meus braços.
            Não consegui dormir mas relaxei como se estivesse nos braços de Meine dick pupe ( minha bonequinha gorda) como era apelidada minha avó lá na Embaixada.
            Neste momento lembrei do sonho e percebi que a experiencia precisou de um gap de 50 anos para ser tangível e palpável como meu coração e meu corpo precisavam.
            Amanda acordou e eu vim para o note digitar este texto . Quando abri havia um email de Maria Lúcia que dizia....As mais lindas coisas da vida não podem ser vistas nem tocadas , mas sentidas pelo coração!
               Agora.... vamos combinar... hein?

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