segunda-feira, 25 de abril de 2022

Belfast

 




             Ter ido assistir Belfast no cinema me fez pensar naqueles que  um dia, em duvida, mas prevalecendo a esperança imigraram para outros continentes. Atitude de coragem ou desespero?

O que leva as famílias a optarem por uma outra vida longe da sua pátria? 

Sendo neta de imigrantes, no meu caso tanto de Portugal quanto da Alemanha , logo cedo tomei consciência da delicadeza desse tipo de decisão. Os avós de minha mãe deixaram Alemanha de navio partindo do Porto de Hamburgo em 1920. Minha avó tinha então 10 anos.

Da parte de meu pai meus avós deixaram o Portugal por Lisboa. A fé em dias melhores foi o motor  de ambas as famílias. Mas não deve ter sido fácil tentar vida em outro país, que não o seu. Talvez daí minha fé na vida.

Não me desespero por pouco. Sei que tudo já estava escrito e quem tem amor dentro de si não foge à" luta."

Sendo assim o mínimo que devemos fazer em memória dos nossos antepassados é tentar ser feliz para fazer valer suas vidas, escolhas e decisões.

A ancestralidade das famílias deve sempre ser reverenciada. Assim dedico este texto àqueles que ficaram, àqueles que se foram e àqueles que se perderam. No momento deixo você, leitor, à revelia porque poderia passar uma noite detalhando tamanha bravura. Não faltara oportunidade. Em breve volto e falo dos que se perderam.

Um abraço!



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