sexta-feira, 29 de abril de 2011

The real wedding


           Dia 29 de abril de 2011.O grande dia para Catie e William. Um dia de festa para o Reino Unido.
As 7:00 hs da manhã, horario do Brasil, pudemos ver Catie descendo do carro e entrando na Westminster Abbey em Londres. Linda! Vestido de tafetá com corpete de renda, véu contido e tiara mais contida ainda na cabeça, e sua propria beleza criando uma aura de luz e elegancia. Não nos esquecendo, claro, a pompa que o evento exige.
Os arranjos de flores e plantas dentro e fora da igreja, os perfumes que serão disribuidos de lembrança aos convidados. Sir Elton Jones com seu marido ao lado. O imenso tapete vermelho. O principe em sua farda de gala.O pai da noiva. A irmã da noiva. A rainha de amarelo. Até  Camile estava bonita!
O pouco que assisti me lembrou muito Lady Diane. Aliás tenho para mim que dei tanta importancia ao evento por ser um descendente dela. A imortal Lady Di! Elegante, carismatica  e de olhar cativante
Imagino o requinte da festa. Ouvi dizer que são 1800 convidados e que o evento durará o dia todo.Com certeza será lindo demais. Muito a altura da elegancia de Catie e William.
Enquanto escrevo me vem à memoria a imagem de William e seu irmão nos funerais da mãe, quatorze anos atrás. Duas crianças ainda. Os dois de cabecinhas baixas. Tristes.
Me fez bem ve-lo feliz hoje.
Soube que ao ser perguntado o que ele esperava da cerimonia ele respondeu que esperava saber usar as palavras certas.
Tão bonito é ver os noivos. Que eles consigam viver o amor deles com tanta sabedoria e com tanta paixão for possivel no meio de tanto protocolo e tanto cerimonial . Tanta expectativa e tanta responsabilidade.
Agora  a pouco ouvi uma das reporteres que está cobrindo o casamento dizer que o treinamento que Kate tem pela frente não é brincadeira e que isso não é vida. Pensei "não é vida para vc que talvez já parta do principio que as coisas tem que ser fáceis. Aliás o mal do século. A falta de compromisso. Come on! Catie é uma lady! E é jovem. Tem tempo para aprender.
Melhor seria se torcessemos por eles.
Não subestimando a capacidade do ser humano de superar  adversidades.
Deixemos que o tempo, pacientemente, nos mostre. Ou, como prefiro pensar, nos ensine.
God bless you two William e Catie!

                                                                                



quarta-feira, 27 de abril de 2011

Shangri-lá

  
          Quem tem mais de cinquenta anos lembra do musical Horizonte Perdido  dirigido por Charles jarrott, uma relançamento do filme de Frank Capra com trilha sonora de Burt Bacharach que conta a história de um avião que cai em alguma parte do Himalaia chamada Shangri-lá. Até hoje tem quem se refira ao filme chamando o de Shangri-lá. Tamanha foi a força das imagens e da mensagem de paz e amor do filme.
Lembro-me de sair do cinema adolescente que era, pedindo a Deus que um dia chegasse a um lugar como aquele cheio de paz e boa vontade onde a musica que dizia "Living together, working together oh loving together "garantia que a união faz a força" e outras coisas do genero. Eram os anos 70 e o tema estava em voga desde os 60. Precisei amadurecer e envelhecer para entender que Shangri-lá é muito mais um estado mental de moderação e aceitação, tão difícil para nós humanos, do que um lugar especial como aquele.
          Depois de experimentar vários caminhos de crescimento pessoal e ler muuuuuuuuuuuito aconteceu de papai ,com mais de setenta anos, vir morar conosco. O  que confesso, nem sempre é fácil.
Não sei se a vida o fez assim, mas percebo que assim como minha mãe e minha avó papai tem uma maneira de ver as coisas mais moderada e pratica do que eu. Percebo, por exemplo, que acontece o imprevisivel e enquanto eu fico dias questionando e tentando explicar ou entender as circunstancias, deperdiço uma energia enorme. Energia esta que os antigos poupavam(!?)
          Domenico fica doente então eu ja penso no hospital no remedio, no médico e fico horas perguntando por que? Até que ele chega perto de mim e diz simplesmente_ Angela isso não dá em poste!. E então eu sossego.
Dias atrás eu enviei minha domestica, a super Lilia ,trabalhar na Bia. Assim o cardápio  daqui de casa simplificou muito. Até que teve um dia em que minha ficha caiu. E me peguei falando com o Wilson que eu tinha muito que aprender com ele. Isso porque papai é do tipo que nunca viveu com mimos, o que fez com que ele achasse um lanche de mate e pão com requeijão uma refeiçao muito boa. Dia desses chegamos do médico e o que deu para sair de almoço foi um miojo e como eu tinha ovos cozidos na geladeira servi junto. Sentamos e eu disse _gente, amanha prometo que o almoço melhora. E papai repetiu como sempre faz. _Que nada. Está ótimo. Eu adoro miojo!
Quando não tem a gelatina que faço por causa dele que gosta de  sobremesas e lhe entrego uma banana ele diz que está doce ou madurinha.
Nestas horas eu me pergunto se fui mimada o suficiente para ficar tão amoada e descontrolada com o imprevisivel. Precisa fazer um sermão da montanha por qualquer coisa???
          Hoje é quarta feira; dia em que almoçamos na Bia. Depois do almoço estendemos um pouco e hoje em particular até as cinco e meia da tarde porque tinha futebol e ele e o Wilson queriam ver. Na saída da casa da Bia papai tropeçou num degrauzinho sinistro que tem lá e foi com vontade de cara no chão. Não preciso dizer o que foi isso para nós. Mertiolate, agua oxigenada, uma série de recomendações (esporros mesmo) e algodão e band aid aqui e band aid ali e senta papai e estica a perna papai e todo aquele banzé que pessoas controladoras fazem tão bem nestas horas. Pedi que ele levantasse devagar e se apoiasse em mim para irmos para o carro. Domenico está velho e como tal gosta de se sentir cuidado, mas acho que até para ele foi exagerada a minha agonia. Virou para mim riu e disse. Filha, aconteceu! Acabou!
É claro que eu podia ter entendido isso como um cala a boca pleeeeeeeeeeeeeeease, mas aprendi mais uma vez que estava levando aquilo tudo longe demais, uma vez que para  o acidentado já tinha dado, como diz o gaucho. Virei para ele e disse._ É papai. Deu!
Entramos no carro e viemos para casa. Infelizmente do Lago para a Asa Norte eu já tinha esquecido que já tinha "dado" e fiz as recomendações de trocar de roupa porque tinha sangue e outras neuras mais.
Mas já foi alguma coisa, né mesmo? Já deu para escrever este texto e ouvir com mais aceitação quando ele respondeu que a roupa ele trocaria amanha porque já tinha ido ao banheiro e limpado as manchas de sangue da roupa. Simples assim! Eu podia dizer aqui que a atitude dele faz parte da sabedoria que se adquire ao longo da vida, mas penso que em não se tratando de falta de grana ele sempre teve essa atitude de Ok That's over!!!
Juro por Deus e por todos os santos e, como dizia quando criança, por minha mãe mortinha que vou tentar desesperar menos. Bem menos. E um dia chegar a um " Quase nada".
Amémmmmmmmmmmmmmm

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Projeto Boa gente, boa mesa


          O Projeto boa gente, boa mesa nasceu da necessidade de experimentarmos novas receitas, novos sabores.

Mas quem, além dos amigos nos serviram de "cobaias"?
Assim, o que começou aos domingos na cozinha de Bia e Dudu está ganhando novos espaços, uma vez que pode ser itinerante também.
A idéia é juntar de dez a quinze amigos e cozinhar para o grupo a preço bem razoável.
Nosso cardápio é feito de um prato de carne , um acompanhamento e uma sobremesa.
Tudo feito no clima de intimidade e prazer que os amigos proporcionam, defende a Personal Cheff Marina Frias, quem assina o projeto.
Você pode receber um convite nosso para juntar amigos. Se voce juntar doze amigos o seu ingresso será cortesia.
Faça nos um contato!
Telefones: 78110741( Marina de Frias )
91535167( Angela de Frias )
33289744

Pizzaiolando a little ( Pizza Gaumitz)

          O Projeto Boa gente, boa mesa que a chef  Marina Frias assina está com uma novidade imperdível.
É a noite da pizza frita. Esta receita vem de sua bisavó que quando trabalhava na Embaixada alemã servia para os funcionários dizendo ser uma receita de nada mais nada menos que, pasmem, Sofia Loren!
Na receita de Emilia a massa tinha uma personalidade quase crocante e era servida com molho de tomate apurado e cobertura de queijo parmeson com orégano. Marina incrementou a receita colocando a opção de substituir-se o orégano por manajericão fresco.
Assim.... Voilá!!!!!!!!!!!!!!!! Juntem seus amigos e façam suas reservas!
Lembrando que o projeto pode ser itinerante ou não. Bom apetite!
Contatos: 78110741 Marina
                91535167Angela

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Saudade é amor que fica

          Circula pela internet um pps com este título. Bonito demais! Parei para pensar...
Claro, Se sentimos saudade é porque em algum momento vivemos algo bom demais e o amor que experimentamos na época fica com a gente. Talvez esquecido mas quando se lembra e se sente saudade sentimos outra vez o amor de antes, ou pelo menos o entusiasmo do que foi vivido.
          Nesta vida de chegadas e despedidas a gente segue em frente meio que vamos lá né? Fazer o que?
O problema  da despedida de um amor é que aceitamos a distancia com a cabeça mas negamos como coração.E dói! As vezes por muito tempo!
          Saudade de alguem que foi nosso objeto de amor, saudade de um bichinho que tivemos, saudade da turma do colegio ou da faculdade. Saudade de um ente querido que se foi ou simplesmente saudade de uma época em que se foi jovem e ousado o bastante para temer pouco e, consequentemente viver muito.
          Assim é que a saudade não deixa de ser o amor que fica por muito tempo. Quiçá para sempre!
          Quando se é jovem dizemos que nossos pais são saudosistas como que  os criticando. Depois que o tempo passa para nós também entendemos o que é o saudosismo e não aceitamos o termo.
Parece então que saudosismo é uma insistencia em preferir algo que já está fora do alcance das mãos. Acontece que muitas vezes o que está fora do alcance das mãos ainda está ao  alcance do coração. Então ouvimos uma música  ou assistimos um filme que nos recorda experiencias que vivemos e que nos encheram de amor. E lá estamos nós, iguaizinhos aos nossos pais, lembrando o passado em atitude saudosista. Saudando em memoria . Sentindo saudades.
          É como se tivessemos uma alavanca dentro de nós que a qualquer momento acionássemos e.... cá estamos nós lembrando com um sorriso no canto dos lábios de algo, alguem, aguma fala, algum gesto. Muitas vezes nem comentamos, apenas nos permitimos sentir e curtir este pouquinho de amor que acaba de ser despertado dentro do peito. Suspiramos e focamos nossa atenção em outra coisa, como se por precaução não quisessemos gastar este restinho de amor que ficou. Sabe quando um perfume que a gente gosta está terminando e então a gente economiza? Poizé!!!
          Há muitos anos alguem me disse que o amor nunca termina. Termina o foco em um objeto de amor para  começar em outro objeto de amor .Lembro que gostei tanto de ouvir isto! Conclui:  Então tenho uma fonte interminável de amor dentro de mim?
Seria isto este " amor que fica?" Maravilha porque  neste caso não é restinho, É sim, uma fonte inesgotável!?
          E nós que lutamos  para não sentir saudade. Que negamos  o amor que ainda restava em nós!?
          Finalmente podemos  aceitar que esta dose de amor ainda está aqui dentro e quem sabe resignificá-la  e ve-la como uma boa companheira!?
Aliás dizem que o amor e a loucura andam de mãos dadas. Não tenho duvidas sobre isto.
Que bom que o amor fica.
Que não acaba.
Que se renova.
Quem sabe ainda dá tempo!?
Vida longa ao amor!!!



domingo, 17 de abril de 2011

E rolou a inauguração

           Vera andava empolgada com a inauguração do seu consultório  de psicologia. E, na feijoada do seu Peru, cobramos dela a badalada inauguração. Vera é aquela amiga da teoria " cortem-me o básico, mas deixem-me o supérfluo. E posso garantir que é seu estilo de vida. Mesmo!!!
Email vai, email vem ficamos acertados que no domingo de ramos, não me pergunte se com cunho religioso ou não, seria a inauguração do dito espaço.
Assim ao meio dia de hoje, dia 17 de abril, um domingo de sol , nos encontramos no espaço para abrirmos um champanhe e beliscar umas cenourinhas de bolinhas e outros tira gostos e as 13:30 hs seguimos para sua casa para almoçarmos um risoto feito por Marina, vinho, sobremesa e os famosos biscoitinhos Towanda com o cafezinho.
Vera contratou um fotógrafo  especialíssimo para o evento e o resultado são as fotos  que constatam a alegria do grupo  e a habilidade do fotógrafo que, tendo esquecido a camera, nos fotgrafou com seu celular e não usou do artifício do photoshop ! (pasmem!)
E ainda tem gente que reclama da vida!!!
Parabéns Vera! Parabéns Roberto! Valeu Marina ! Valeu Luiza que veio de Pipa! Um brinde a todos nós e a todos os clientes que passarem pelas mãos e , porque não dizer, pelos "ouvidos" de Vera!

                                                   


"Não existe nehuma dificuldade em minha vida que não seja exclusivamente eu mesmo!"(C.G.Yung )

Oração do perdão

                                                                                

          Buscando eliminar todos os bloqueios que atrapalham a minha evolução, dedicarei alguns minutos para perdoar.
A partir deste momento, eu perdôo todas as pessoas que de alguma forma me injuriaram, me prejudicaram ou me causaram dificuldades desnecessárias. Perdôo sinceramente quem me rejeitou, me odiou, me abandonou, me traiu, me ridicularizou, me humilhou, me amedrontou, me iludiu.
Perdôo especialmente quem me provocou até que eu perdesse a paciência e reagisse violentamente, para depois me fazer sentir vergonha, remorso e culpa inadequada.
Reconheço que também fui responsável pelas agressões que recebi, pois várias vezes confiei em indivíduos negativos, permiti que me fizessem de bobo e descarregassem sobre mim seu mau caráter.
Por longos anos suportei maus tratos, humilhações, perdendo tempo e energia, na tentativa inútil de conseguir um bom relacionamento com essas criaturas. Já estou livre da necessidade compulsiva de sofrer e livre da obrigação de conviver com indivíduos e ambientes tóxicos.
Iniciei agora uma nova etapa de minha vida, em companhia de gente amiga, sadia e competente. Queremos compartilhar sentimentos nobres, enquanto trabalhamos pelo progresso de todos nós.
Jamais voltarei a me queixar, falando sobre mágoas e pessoas negativas. Se por acaso pensar nelas, lembrarei que já estão perdoadas e descartadas de minha vida íntima definitivamente.
Agradeço pelas dificuldades que essas pessoas me causaram, por isso me ajudou a sair do nível comum ao nível espiritualizado em que estou agora. Quando me lembrar das pessoas que me fizeram sofrer, procurarei valorizar suas boas qualidades e pedirei ao Criador que as perdoe também, evitando que elas sejam castigadas pela lei de causa e efeito, nesta vida ou em futuras.
Dou razão a todas as pessoas que rejeitaram o meu amor e minhas boas intenções, pois reconheço que é um direito que assiste a cada um me repelir, não me corresponder e me afastar de suas vidas.
Agora, sinceramente, peço perdão a todas as pessoas a quem, de alguma forma, consciente ou inconscientemente, eu ofendi, injuriei, prejudiquei ou desagradei.
Analisando e fazendo julgamento de tudo que realizei ao longo de toda a minha vida, vejo que o valor de minhas boas ações é suficiente para pagar todas as minhas dívidas e resgatar todas as minhas culpas, deixando um saldo positivo a meu favor.
Sinto-me em paz com minha consciência e de cabeça erguida respiro profundamente, prendo o ar e me concentro para enviar uma corrente de energia destinada ao Eu Superior. Ao relaxar, minhas sensações revelam que este contato foi estabelecido.
Agora, dirijo uma mensagem de fé ao meu Eu Superior, pedindo orientação, proteção e ajuda, para a realização, em ritmo acelerado, de um projeto muito importante que estou mentalizando e para o qual já estou trabalhando com dedicação e amor.
Agradeço, de todo o coração, a todas as pessoas que me ajudaram e comprometo-me a retribuir trabalhando para o bem do próximo, atuando como agente catalisador do entusiasmo, da prosperidade e da autorrealização.
Tudo farei em harmonia com as leis da natureza e com a permissão do nosso Criador eterno, infinito, indescritível que eu, intuitivamente, sinto como o único poder real, atuante dentro e fora de mim.
Assim seja, assim é e assim será.
Assim Seja Amém!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Biscoitos Towanda (Biscoitando a little)

          Mais cedo ou mais tarde a gente precisa fazer algo com as mãos. Algum artesanato bonito ou gostoso.
          Assim sendo comecei a fazer para vender os biscoitinhos que tanto minha  avó quanto minha mãe faziam para fora. A gente sempre arruma um tempinho para degustar um chá ou um café com biscoitinho. E se tivermos uma amiga para convidar para este simples ritual a vida agradece. Chá e biscoitos saboreados amores dobrados, já dizia a vó Emilia...
          Por enquanto estamos fazendo quatro sabores: Idgie (baunilha), Buddy (melado), Ruth (nórdico) e, para a semana , o   Buddy (cerveja) um biscoito leve e marcante para aperitivo. Os nomes dados aos biscoitos, que antes eram nomes alemães, fora modificados na intenção de  homenagearmos o filme "Tomates verdes fritos".Uma obra prima, assim como os biscoitinhos!
          Estamos fazendo também para fora dois sabores de bolo, ambos doces, para acompanhar café ou chá. O de cerveja, e o de queijo. Ambos receitas da antiga cozinha de Itaipava. Estes custam $12,00  a unidade.Vale a pena experimentar!!!
          Aceitamos encomendas pelos telefones 91535167  (Angela) ou 78110741(Marina).
Os preços ainda estão sendo considerados promocionais. Se voce comprar um pacotinho sai a $3,00 , se voce comprar dois pacotinhos o preço passa a ter um desconto e voce paga apenas $5,00 nos dois.
Estamos aguardando o seu telefonema. Sua vida pode ficar mais doce nesta páscoa...
Um abraço!                                                            

sábado, 9 de abril de 2011

Vitor ou Vitoria?

            Paz na terra aos homens de boa vontade!
Ouvi  muito isso na minha infancia  quando vez ou outra ia a missa e, confesso que nunca entendi muito a frase; até conhecer o meu segundo marido. Wilson é dessas pessoas que só dizem não quando não podem mesmo fazer algo. Lembro de na minha infancia ter esta referencia de alguns tios. O tio Jayme, o tio Renato, o Toninho, pai da Denise eram, ao meu ver, homens de boa vontade. Bastava voce precisar de ma forcinha fosse no que fosse e eles metiam as mãos na massa.Tudo bem que a vida era muito mais simples e se por exemplo voce precisava pintar um muro para o natal voce não chamava um pintor e sim seus cunhados ou irmãos num dia de domingo e enquanto eles pintavam voce preparava um espaguete com frango ensopado.
          Tudo isso é para chegar na nossa amada Lia. A do Perereca, lembram?
           Lia conheceu muito bem o que é um homem de má vontade. Aquele tipo que não move uma palha em prol do relacionamento. Não vou citar o nome da figura porque nem vale a pena.
A novidade é que de uns meses para cá papai do céu teve pena da Lia e enviou-lhe um homem que olha...........E era só o que se falava ultimamente. O Vitor isso, o Vitor aquili, etc...
          Eu estava espalhando a notícia em cada almoço de domingo. Já soube da Lia? Tá feliz. Tá amando. Tá bem acompanhada. E nessas horas a Marina engrossava o comentário dissertando sobre o carater e a boa vontade do rapaz.
Não parece incrível que a gente ainda valorize a boa vontade das pessoas? Digo isso porque ter boa vontade deveria ser consequencia de uma pessoa de bem com a vida. Ora se temos tanto conforto e tantos recursos hoje em dia porque não nos parece natural estarmos sempre com vontade de viver e fazer da vida algo que valha a pena?
          Ontem, dia 8 de abril eu e Marina íamos fazer biscoitinhos a noite para vender e finalmente eu e Wilson conhecemos o Vitor. No que a Marina disse o que íamos estar fazendo ele disse que apareceria antes de ir buscar a Lia na faculdade para provar os biscoitos e dar uma força. Disse a Marina que ele comentou que ía conhecer a segunda sogra dele. Eu!
O rapaz calado já agrada. Sabe aquela cara de gente confiável? Sereno, simpático, elegante, educado e bem formado. Aquelas pessoas que vão ficando à vontade na medida certa?
          Determinada hora foi buscar Lia e voltou. Conversamos mais um pouco, e como tudo acaba em pizza, não é preciso dizer o que compartilhamos a meia noite. Pizza e coca cola.
          Ganhei a noite. Vitor olha para a gente enquanto a gente fala. Gesto difícil hoje em dia. É cuidadoso com a Lia e prometeu voltar. Zé Rubelio e Vanessa, pais de Lia, devem estar no céu e dizem as más linguas que já estão vendo apartamento para comprarem juntos. Quanto ao apartamento o futuro a Deus pertence, mas posso assegurar que já estão com passagens compradas pra irem a Nova York em Agosto.
        Homens de boa vontade! É isso aí. Dizem que a oportunidade é uma mulher pelada e careca. Se voce não pegar ela passa e já era!
        Vitor ou Vitória? Ponto para o Vitor .Vitória para a Lia. Que os anjos digam amém! Os dois mercem!!!
Foto de Henri Cartier Bresson

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Na saude e na doença

       Nunca gostei da frase acima. Soou sempre aos meus ouvidos como uma "praga light", tipo.... vai brincando bastante depois a gente ve com quantos paus se faz uma canoa. Uma maldição, partindo do princípio que todos nós vamos envelhecer caquéticos e dependentes dos outros. Volta pro mar, oferenda!!!
             Mas.... não tem como a doença para nos fazer tirar as mascaras que fomos colocando ao longo da vida e que nos impediram de sermos mais humildes, mais compassivos e mais tolerantes. Nossa essencia ocultada por nosso ego mesquinho, como aquela escultura, que segundo um sábio já estava lá dentro do mármore.
             É a doença que nos faz vergar o corpo para frente em  reverencia a um novo ego que se instala. Menos arrogante, mais maleável, menos controlador, mais verdadeiro. Afinal o que antes era inaceitável se torna uma necessidade e daí temos que dar a chave do nosso carro para outra pessoa dirigir, ou entregar os nossos cartões para que terceiros administrem nossa vida financeira. Neste momento não há lugar para desconfianças ou subterfúgios. Ou dá ou desce, na escalada de si mesmo a caminho do nada.
           Gosto da teoria  rousseauniana. Somos bons e leves na nossa essencia. O problema é que aos poucos vamos deixando nossa essencia láaaaaaaaaaaaaaa atrás e chega uma hora que já nos modificamos tanto que olhamos no espelho e levamos um susto! Os menos vaidosos, é claro.
           Assim, como a vida está sempre nos dando oportunidades de crescimento e não de encurtamento as crises aparecem para, digamos , nos lapidar um pouco. Que a doença seja nossa mestra. Nem tudo está perdido. É Deus te dando uma chance de arrumar as coisas e sair dessa vida em "grand finale". Amém então. Assim seja!
           Não me lembro em que ordem. Se antes ou depois mas esta frase vem sempre acompanhada de uma outra que diz.... Na alegria e na tristeza....
          Repensando a situação vejo que na situação difícil (tristeza) talvez tenhamos a alegria de ver florescer este outro alguém. Este homem que é parido da caverna. Mais humano, menos idealizado.Mais verdadeiro.   
          Chega de tanta falsificação! Deixemos isso para as bolsas e outras mercadorias. E se chegarmos a olhar para trás e reconhecermos que nos fizemos mercadoria falsificada, que a gente tire o chapéu para a doença e  a  resignifique de uma vez por todas, com fé e gratidão.
Lembra do Boff? O ser humano como um projeto infinito?
Pois é!!!

domingo, 3 de abril de 2011

Lilium

             Derivado do latim Lilium, que significa Lírio o nome Lilia carrega em si o símbolo da pureza desde a idade média. Assim como a  Lelis blanc . Mas porque estamos falando disso? 
             Hoje acordei melhor, mas ontem foi um dia pesado. Algo no meu coração não estava legal. Havia um Banzo dentro de mim. Pensei que fosse pelo estado  de convalescencia de Negão e de papai. Até que, lá pelas tantas, vou pegar um remedio no movelzinho que temos na cozinha e dou de cara com as chaves da minha casa que pertenceram à Lilia, minha fiel escudeira! A da foto.
             Explico: Como já era de se esperar a Lu , domestica da Bia,  pediu as contas. Mas já havíamos colocado  Lilia em Stand by. Ou melhor, conversamos com ela que quando a Lu saisse ela a substiruiria. Afinal Bia tem duas crianças pequenas e, mal ou bem eu e meus homens nos arranjamos melhor sem a mordomia que era ter a Lilia para ir na loteria, levar papai para fazer a barba, trazer o pão cedinho, comprar salsinha fresca no Gama, viajar conosco para Itaipava, me fazer uma massagem, trocar livros comigo (ela gosta de ler) e conversar um pouco. Filosofar mesmo. Quantas vezes tentando abrir seus olhos papiei horas com ela. E quantas vezes nesses últimos meses foi ela quem papiou comigo, me vendo triste e puxando assuntos engraçados, como se para me alegrar um pouco.
           A "doce" Lilia que algumas vezes dava um bombom para papai dizendo a ele que era para adoçar sua vida. Ela sabia o que estava dizendo. A gente só reconhece o que antes conhece na nossa essencia. Lilia não fazia as refeições. Nenhuma. Mas se houvesse um doce dando bobeira? já era!!!
           Amiga, ágil, gulosa e esperta foi uma companheira e tanto na minha casa. Ora dirão ouvir estrelas, mas ela não tinha defeitos? No que eu responderei. Simmmmmmmmmmm, Claro. Não podia pensar muito por conta própria. De vez enquando decidia algo por si mesma e então vinha chumbo grosso. Um exemplo? Servir uma farofinha junto com strogonoff. Nestas horas eu dizia: Lilia voce não é paga para pensar. Deixa que eu pense. Porém por outras vezes chegava com abacates do Gama para fazer creme para papai. Muito bem pensado dizia lhe eu. Devo ter pirado a coitada.
           Ontem, seu ultimo dia, acabei de almoçar e , pegando no braço dela, disse Lilica te vejo lá na Bia a partir de agora e obrigada por tudo. A resposta dela ficou o resto do dia nos meus ouvidos. Tá dona Angela. É só a senhora chamar que eu volto.
           Acho que não vou chamar não. Minhas netas precisam mais do que eu neste momento. Mas vai ficar sempre na minha cabeça quando, lá no sítio , eu a chamava. Liliaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa! E ela respondia nhoooooooooooooooooooooooooooora. E eu completava   Vem cá cunhannnnnnnnnnnnn!!!!
          Que tenha juízo, seja feliz e não suma da casa da Bia. São os votos do fundo do meu coração, ora partido.
A foto acima foi tirada na feijoada do Seu Peru. A feijoada que fazemos todo domingo de carnaval quando os amigos devem vir fantasiados. Lilia estava de traveco com esta peruca loira.
Curiosidades: Dia 27 de março é o dia do circo. Coincidentemente é o dia do aniversário do Samuca. Filho de Lilia. E me lembro agora que sua primeira e unica fantasia em tres anos foi ou é uma fantasia de palhacinho que comprei com Lilia lá na feirinha de Itaipava.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O rei está nu

            Não tem jeito por mais que nos trabalhemos somos vaidosos ao extremo e usamos de máscaras até mesmo para os que mais amamos. Afinal, se o outro nos enxergar em nossa pequenez a coisa pode desmoronar, não é mesmo?
Assim sendo a vida que na essencia é simples, se torna um emaranhado de faz de conta.
Até que... a doença se instala.  O caos chega para nos forçar a tirar as máscaras que viemos sobrepondo uma sobre a outra. É a doença como caminho! Lembram do Chapeuzinho Vermelho que escolhe o caminho mais longo, mais perigoso, mais difícil? Pois é!
Finalmente o rei está nu!!!
E agora gostem  ou não é isso que somos.
É preciso ter confiança! dizem. Concordo plenamente. A questão é: Em que ou em quem? Na pessoa que não jogou limpo com vc? Na vida? Mas ela não nos apresenta as diferentes facetas para que cresçamos?
Sei não. Permeando todo este lixo emocional precisamos estar firmes para que a vida prática continue sendo conduzida, e da melhor maneira possível. O que já ajuda e muito!
E paralelo a isso ter a humildade de buscar e aceitar ajuda. Ser verdadeiro e então destruir o álibi para seus problemas não resolvidos, a doença.
Precisa ter coragem. E muita! Quem sabe dá tempo???